quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Novos Projetos ...

Caros visitantes,

Aguardem novidades. O EthiChaos será reformulado e em breve voltará a ser atualizado constantemente.

Saudações,

Vinícius P. Rodrigues

sábado, 13 de junho de 2009

Save Our Planet!


O mestre Haspásio diria, em algumas ocasiões, que papo está muito longe do fato !
Não se trata apenas de uma remodelagem drástica em todos os processos nos quais os seres humanos se envolvem, de alguma forma, no Planeta Terra. Mas sim de uma profunda, crua e dura conscientização de que ser sustentável é muito mais do que plantar árvores no parque em um domingo a tarde ou fechar a torneira enquanto escovamos os nossos dentes.

Certa vez, em um debate excessivamente técnico sobre Sustentabilidade, um respeitado nome disse que "somente a tecnologia seria capaz de alterar nossa combição ambiental". Ao ouvir isso, eu me senti estarrecido. Aquilo fazia um sentido muito profundo e se alinhava com muitas crenças minhas. Mas eu relutei. Me mexi na cadeira. Lutei contra o meu inner self. Mas vi que eu iria perder.

Sou adepto da crença de que certas coisas só são salvas com medidas drásticas, seja na política, seja nos relacionamentos, seja na redenção do Planeta Terra. Daí, relembrei, na hora, uma frase que carreguei quase toda a minha (rebelde) adolescência diretamente da capa de um álbum de 1992 da banda BRUTAL TRUTH (sugestivo ?):

Extreme Conditions Demand Extreme Responses

Seria a nossa condição planetária já "extrema" ? E qual seria, então, a nossa "resposta" ?

E viva o Caos...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

O Círculo Vicioso

BELFAST, Northern Ireland—A boy prepares to take on the British army with a homemade lance, 1981.


Semana passada comemoramos o Dia das Mães. Como muitos países no mundo, reservamos um dia no calendário brasileiro para dedicar àquelas mulheres que, de diversas formas, lutaram para formar aquilo que somos hoje. Com histórias diferentes, acontecimentos diferentes, ideias diferentes. Confesso que fiquei surpreso quando descobri, hoje, que temos esse dia por conta de uma assinatura de Getúlio Vargas em 1932. Interessante!

Eu cruzei essa reflexão sobre o Dia das Mães com algo que vem me incomodando filosoficamente há algum tempo: "o círculo vicioso". Como gosto de fazer, um pouco de semântica do nosso Aurélio.

"Vício:

1.Defeito grave que torna uma pessoa ou coisa inadequadas para certos fins ou funções.
2.
Inclinação para o mal
3.
Costume de proceder mal; desregramento habitual."


Cabe, agora, uma explicação. Por quê falar em círculo vicioso? É o que eu vejo em nós, na grande maioria de nós, ao agir em relação ao outro. E, somente em relação ao outro, temos a Ética.

Vejo, em nosso cotidiano, como as pessoas são altamente motivadas a agir baseadas em algo que "me tenham feito" sem, muitas vezes, ao menos questionar as premissas mais básicas de tal comportamento.

O menino da foto, provavelmente motivado por adultos, está agindo sem ao menos saber o que aquilo que segura em sua mão significa realmente.

Como estamos passando o nosso conhecimento e os nossos valores para os outros? Somos responsáveis diretos pela replicação de catástrofes e raciocínios incoerentes e incosistentes que destroem muitas vidas?

Muitos exemplos históricos mostram a real tragédia que esse círculo vicioso instaura: o eterno conflito Israel-Palestina nos mostra como as crianças são ensinadas, desde cedo, a segurar pedras e arremessá-las ao lado oposto, em sinal de ódio. Os comunistas da extinta União Soviética ensinavam preceitos socialistas carregados de violência e ódio ao "outro lado do mundo" para suas crianças e jovens. E, obviamente, temos o Nazismo hitleriano como uma verdadeira escola de como a retórica, a liderença e a propaganda podem instaurar um círculo vicioso potencialmente destruidor sem precedentes.

Por isso, retomo um post antigo, onde escrevo sobre a necessidade básica da nossa reflexão. É impossível ser capaz de mudar nossa própria condição e realidade sem empenhar esforços extremos em pensamentos profundamente reflexivos. Isso para que os círculos parem sua formação e não sejam mais os mecanismos que embasam toda a criação de ódio, rancor, injustiça e vingança em nosso planeta. Adiciono, agora, mais uma componente vetorial nessa reflexão: o pós-atitude. Como realmente gerimos o impacto das nossas atitudes NOS OUTROS?

Pare que o Caos não surja, parem o vício!

domingo, 26 de abril de 2009

Corrupção, a nossa normalidade!




A cada ano que se inicia, a novela da corrupção nas diversas esferas da política brasileira (e também mundial, claro!) parece ter um impulso novo dado pela grande audiência gerada e brilhantismo do diretor-criador.

Não quero tratar o fenômeno da corrupção do ponto vista psicológico e muito menos filosófico. Quero ser prático. Direto. O que mais me chama atenção em toda essa história é o tratamento que os brasileiros dispensam a essa questão e, terrivelmente, extrapola para todo o conceito e a noção de política. Trocando em miúdos: todo político é corrupto e quem entra no "mundo" da política só quer se dar bem na vida sem trabalhar - é NORMAL ser político corrupto. Cansei de ouvir isso em rodinhas de amigos, dentro da família, em locais públicos, em discursos inflamados. Esse estigma parece estar irreversivelmente estagnado dentro da mente brasileira (vou falar de nós pois desconheço como é ser cidadão de outra nação!).

Buscando um pouco de informação em fontes clássicas, me deparo com o Aurélio e uma (interessante) definição de política: "3.Arte de bem governar os povos". Hum ... esse "bem" fez toda a diferença e fez eu pensar dez vezes mais antes de escrever tudo isso. Como é governar bem ? E mais que isso ... o que é essa Arte que o Aurélio se refere ? Seriam todos os "políticos" também artistas ?

"O homem é um animal político" declarou nosso grande sábio Aristóteles na Grécia Antiga em algum momento entre
384 e 322 a.C ! Usamos política o tempo todo, respiramos política, mesmo não sabendo. O grande problema é acreditar na normalidade da corrupção.

Eu resolvi pegar o "atalho" da político para iniciarmos uma discussão muito relevante para um eticista: e a corrupção CORPORATIVA ? Onde e como ela entra em toda essa discussão e tornar-se parte integrante desses US$ 3 trilhões anuais que o mundo vê escorrer pelas mãos ?

E viva o Caos ...

domingo, 5 de abril de 2009

Crise, Responsabilidade Social, Consumo.

(Fonte:Slate Magazine)

A sociedade está assistindo às empresas despejando muitos funcionários na rua. A crise trouxe consigo condições e cenários funestos e uma das terríveis consequências parece ser a tão temida onda de demissão.
No entanto, sabemos que demitir nem sempre é a principal e inerente fonte para cortar gastos e procurar um caminho para voltar a respirar. Muitas empresas com pensamentos muito mais elaborados e bem estabelecidos conseguem achar o caminho das pedras utilizando alternativas cujo impacto social é nulo ou muito, muito pequeno.
Será que todas as empresas que demitem excercem, posteriormente, seu papel fundamental de responder socialmente pelas consequências desse ato ? A sociedade atual é tão plenamente interligada que a demissão repercute de forma intensa, rápida e agressivamente negativa, influenciando setores da Economia e contribuindo para que o sonho da re-estabilização torne-se invariavelmente mais distante!

A responsabilidade social de uma empresa deve também emergir em momentos de crise. Aliás, de uma forma muito mais estratégica do que em momentos de "vacas gordas". A decisão por demitir deve ser precedida de uma longa e complexa cadeia de pensamentos e análise que tomem por base todas as características da empresa e um auto-conhecimento muito bem definido para obter a maturidade suficiente de dizer: "sim, aqui eu posso mexer para ajustar essa situação". Muitas empresas me pareceram optar pela demissão direta por decidir pelo comodismo e pela indiferença social. É claro que não generalizo de forma alguma as coisas que publico neste Blog. Entendo que existem casos e mais casos e é sempre cabível milhões de análises.

Como tratar, então, as questões da crise com Ética ? Eu já apostei que esse atual cenário ecônomico será uma grande escola para aprender em estudos de casos, o que a Ética realmente significa nesse mundo loucamente conturbado e onde a maioria das pessoas pensa que o nosso planeta Terra é movido essencialmente por dinheiro e pelo interesse em crescer ilimitadamente (significando pisar nos outros!).

Será que ainda não ficou claro que a sociedade hiperconsumista não é sustentável ?

Gostaria de fechar essa postagem com uma frase do grande estudioso Karl Marx para elucidar uma importante característica do eticista: a capacidade de antever!


"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado."

Karl Marx, Das Kapital, 1867.

terça-feira, 24 de março de 2009

"Seja a mudança que você deseja ver no mundo"


Estamos realmente muito afastados de grandes causas que nos movem rumo a um futuro diferente.
Os questionamentos mais frequentes versam sobre a sustentabilidade e a situação do meio ambiente terrestre e quais são os rumos que a exploração e inconsequencia humanas darão a essa realidade. E, mais que isso, qual é o mundo que iremos entregar para os que virão depois de nós, pisarão nesse chão e respirarão esse ar.

No entanto, ao mesmo tempo em que eu vejo profissionais, acadêmicos e corporações lutando para implementar novos processos de produção, imputar novos hábitos nos cidadãos "comuns", criar métodos eficientes de reverter a degradação lenta e cruel do ambiente e desenvolver tecnologia de ponta em diversas e vastas áreas para tentar recuperar aquilo que um dia alguém chamou de "natural", vejo uma inerte massa que ainda teima em dizer que o papel, a latinha de cerveja e a bituca do cigarro só são mais uns dentre tantos no chão da nossa rua cinzenta, quente e fumegante.

É triste saber que o mais básico de todos os hábitos e processos - os do nosso simples cotidiano - é amplamente maléfico e contraditório. E a minha pergunta, hoje, é bastante direta e invariavelmente clara: como podemos "mudar" o mundo carregando esse tipo de indiferença cotidiana que parece não querer sair nunca dos nossos olhos ?

O embate entre esses dois pólos antagônicos é o que equilibra o nosso mundo e tudo que conhecemos como um sistema completo e formal. Estou longe de ser um extremo conhecedor da obra de Gandhi, mas tomo a liberdade de citar uma frase emblemática para ilustrar as indagações que trago à discussão nesse blog: "Seja a mudança que você deseja ver no mundo". Aquela velha história que parace ser um eterno paradigma de que "a mudança começa com você" é muito mais do que uma simples sentença verdadeira. Os humanos, enquanto animais, devem parar e pensar se entendem o que isso realmente quer dizer. Nós falamos isso o tempo todo. Para nossos filhos. Para nossas esposas. Para nossas namoradas. Para nossos subordinados. Para nossoa amigos. Para aquelas pessoas as quais queremos impressionar com nossa "consciência de mundo". No entanto, muitos de nós não nos damos conta de que falar disso é falar de mudanças, de processos reflexivos e, mais que isso, de doação de algumas de nossas aparentes "liberdades" em nome de algo muito maior e grandioso, que nos sustenta e nos faz respirar e caminhar.

E, segundo o grande Haspásio, "não se trata do bem vencer o mal, mas existir um equilíbrio entre eles" ...

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Links da vez:

  1. http://www2.petrobras.com.br/portal/frame.asp?pagina=/ResponsabilidadeSocial/portugues/index.asp&lang=pt&area=rsa

  2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Mahatma_Gandhi

quarta-feira, 18 de março de 2009

A nossa deturpada Ética


Essa postagem é uma referência direta a todos aqueles delicados casos em que as pessoas imaginam que o discurso ético é perfeitamente aplicado única e exclusivamente ao seu domínio de interesses pessoais, não contabilizando em todo o raciocínio ético a figura do próximo.
Muitas vezes, Maquiavel é relembrado por "os fins justificam os meios". Justicam? Somente para mim? Não para todos?